Live at The Royal Albert Hall

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
Emocionante. É principalmente o que um show da Adele pode transmitir para todos nós. E com o seu primeiro DVD não é diferente, gravado no dia 22 de setembro de 2011 no “Royal Albert Hall”, em Londres.
O show, completamente e estupidamente lotado, é aberto com um instrumental criado para introduzir a música que a britânica escreveu e dedicou para sua terra natal. “Hometown Glory” é iniciada por uma Adele escondida atrás de uma cortina com apenas sua sombra aparecendo, que logo aparece estonteante no palco cantando a segunda parte da música em diante em seu vestidinho preto e uma alta cabeleira loira.
Além de emocionante, um show da Adele é uma verdadeira e boa comédia. Não sei se vocês, assim como eu, conhecem bem os londrinos. Mas uma característica marcante nesse povo é que eles adoram um bom “palavrão”. A primeira frase de Adele no DVD nada mais é do que “Royal Albert Fucking Hall“ que logo é seguido por uma animada desculpa fechada com risos: “Eu sei que esse lugar não é para palavras como essa. Eu vou tentar o meu melhor”. Conversando com o público Adele agradece por estar no RAH, no mesmo lugar em que as Spice Girls (a sua girlband favorita) performaram, assim como Enrique Iglesias e Alicia Keys.
O show é logo seguido por uma sequência nostálgica do consagrado e multi-platinado álbum “21”. “I’ll Be Waiting” tem sequência de mais uma conversa e a partir daí se dá início à emocionante “Don’t You Remember”. Para alegrar um pouco o seu show, Adele faz uma perguntinha básica: “Estão todos com suas bebidas em mãos?” e quando o público diz que sim e levanta seus copos de cerveja, Adele logo acrescenta “Seus desgraçados, eu parei de beber. É ruim. Ruim e triste. E sozinho. Faz você perceber o quanto você odeia os seus amigos”.
Introduzida por Adele como “uma música mais triste do que a última”, “Turning Tables” e é seguida, sem pausas, pela música “Set Fire to the Rain”. Com um terço do show completado, um dos pontos que podem ser descritos como “interessantes” acontece antes de iniciar o cover “If It Hadn’t Been For Love, quando a cantora acena para um fã e diz “Oi Oi” (que, ao menos, é o que parece soar).
Entre muitas conversas sinceras e muitas piadas sobre sua vida não tanto privada, Adele prossegue com“My Same”, “Take it All”, a agitada “Rumour Has It” e “Right As Rain”, que antecede duas das minhas preferidas músicas do “21” (“One And Only” e “Lovesong”) e uma do “19” (“Chasing Pavements”).
I Can’t Make You Love Me” dá início a reta final do show, sendo a 14ª música do show de aproximadamente 100 minutos. A antepenúltima música é “Make You Feel My Love”, que, acompanhada por milhares de celulares ligados no alto, Adele dedica à Amy Winehouse. “Veja quantas estrelas estão no céu. *referência aos celulares* Eu canto essa música todas as noites desde que Amy Winehouse morreu. Então eu dedico isso pra ela, porque eu sei que ela ama essa música. E eu sempre me inspirei nela, então isso vai pra ela.”


Estamos no ponto mais alto do show. Uma das (talvez, a mais) músicas mais queridas entre todo o mundo é finalmente performada. “Someone Like You” é traga na mais pura voz de Adele, que não aguenta e desaba em lágrimas no final da música. E aí temos a clássica “Rolling in the Deep”, que tem o seu encerramento feito com sing-a-long da plateia e direito a chuva de papel picado dourado no fim.
Chega, então, o fim do DVD “Live at The Royal Albert Hall”. Um dos shows mais extraordinários e emocionantes que eu já vi na minha vida. Adele não só entrega o seu coração para a plateia no show e as pessoas assistindo em casa, como também entrega toda sua alma e voz.
Se você ainda não comprou ou viu o DVD, já passa da hora. Mas até lá, qualquer um pode dar uma checada em uma das apresentações que Adele liberou em sua conta no Youtube/VEVO.

0 comenta(m):

Postar um comentário

 
fireworkers! © 2009-2013